tag:blogger.com,1999:blog-65158587686280728482024-03-13T12:10:32.178-07:00The Project HorizonBlacky Awehttp://www.blogger.com/profile/11217236504689516569noreply@blogger.comBlogger8125tag:blogger.com,1999:blog-6515858768628072848.post-55072740502287828942014-08-25T18:39:00.001-07:002014-08-25T18:39:47.127-07:00The Project Horizon - Introdução<div class="MsoNormal">
Em uma época conturbada na história do Universo, onde
cruzadores galácticos ainda utilizavam o hiperespaço para encurtar sua viagem,
uma imensa guerra se expandia pelo Universo até então mapeado, vitimando
centenas de milhares de civis e militares por ano. Em meio a este caos, duas
grandes potências deixavam de lado suas diferenças e uniam forças em prol de um
único objetivo em comum: O total controle econômico e militar sobre todo o
universo conhecido, e ainda por conhecer.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Alderaan de Touro, ou a estrela de batalha, como era
conhecida - e temida - por seus inimigos, dominava a tecnologia de material
bélico, deixando para trás até mesmo os mísseis de raios gama de Sirius, do Cão
Maior, e os famosos ultra-sonares-plasmáticos de Alpherats de Andrômeda. Liderados
pelo imperador Blase III, Alderaan expandia seu domínio com base em sangue e
destruição, colonizando todos planetas ao arredor de sua estrela. Muito
acreditava que Blase era um imperador imortal, muito difundido entre os
guerreiros por histórias de batalhas. Alguns diziam que o imperador jamais fora
ferido em batalha, enquanto outros diziam que mesmo com os ferimentos, seu
governante jamais caíra perante um inimigo. Todas estas lendas, difundidas nos
4 cantos da galáxia, tornaram Alderaan temida pela maioria dos impérios da
galáxia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Zion de Aries, o império tecnológico, ganhava força desde
que dominara sua antiga estrela capital, Hamal. A família real não possuía um
governante imortal, muito menos dominava muitos de seus planetas próximos. Zion
era conhecido pelo seu domínio em veículos interestelares, e até
intergalácticos, onde detinha a maior fatia do mercado da galáxia. Sua força
militar era precária em poder bélico ou em quantidade de soldados, mas seus
cruzadores de batalha eram rápidos e muito resistentes. Mesmo em guerra com a
estrela de batalha, Zion sobreviveu soberano em boa parte dos confrontos,
tornando-se assim o inimigo número um da estrela-capital de Touro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Com a união dos dois grandes impérios, algumas outras
potências da galáxia, temendo perder o pouco espaço que mantinham, decidiram se
unir contra a eminente ameaça, formando a Aliança Galáctica, poderosa e temida
pelos poucos que decidiram se manterem neutros da grande guerra.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Sírius, a estrela capital de Cão Maior, um grande império
tecnológico, muito conhecido pelas suas pesquisas biomecânicas e
nano-tecnológicas, fechou um acordo após séculos de conflitos, com uma de suas
maiores rivais, o Reino Eterno de Alpherats, estrela capital de Andrômeda e
principal líder entre as constelações de Lupus, Monoceros e a temida Órion,
conhecida por seus cruéis ataques para expandir seus territórios.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A união de Zion e Alderaan resultou em inúmeros confrontos
com a Aliança Galáctica, o que geralmente trazia grandes prejuízos para
sistemas menores. Estes sistemas, liderados por Leör O Justo, de Zubenelgenubi,
estrela capital de Libra, juntaram forças para se opor à guerra, formando assim
a Resistência de Luah, em homenagem ao antigo povo à quem era atribuída a
criação de todo o Universo.<o:p></o:p></div>
Blacky Awehttp://www.blogger.com/profile/11217236504689516569noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6515858768628072848.post-25826032054657268012014-08-20T18:41:00.002-07:002014-08-20T18:41:35.143-07:00Capítulo 2 - Episódio 2<div class="MsoNormal">
Algumas semanas se passaram desde a fatídica aterrissagem de
nossos personagens no planeta Terra. Após muitos protestos de Blacky, todos já
haviam se acostumado com as corriqueiras refeições elaboradas por Ghostface, o
qual à esta altura, já adquirira uma certa habilidade em capturar pombos para o
jantar.<br />
Ao lado de sua habitual pilha de ossos, Mussum tentava adentrar no mundo dos
sonhos enquanto os quatro terminavam sua ceia:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Estou dizendo para vocês que para conseguirmos decolar
vamos precisar de mais do que alguns litros de combustível fóssil – disse Blacky
largando um pedaço de coxa de pombo de lado – Tem certeza que não conseguimos
encontrar um acelerador de partículas subatômicas para substituir da minha nave?
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Eu já lhe disse que aquele acelerado me parece em
perfeitas condições, cara! – Protestou Ghostface – E neste planeta você não
conseguirá encontrar nenhum acelerador de partículas menos do que um caminhão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Eu já acho que o problema está no ativador do câmbio por
energia cinética! – disse o Pirata – Aquilo está com uma aparência terrível!<br />
- O ativador biomecânico está intacto – disse Drake devorando mais um pedaço de
pombo – Talvez se colocássemos mais alguns torpedos de fótons aquela banheira
fique mais legal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Estamos tentando fazer a nave voar, não explodir, Drake! –
disse Blacky.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Mussum parecia concordar um pouco com a opinião de Blacky,
mas não conseguia conceber a ideia de que o micro acelerador de partículas
deveria ser posto em série com a alimentação dos motores secundários. Mussum
soltou um suspiro e se preparava para tentar dormir quando um barulho um tanto
estranho lhe chamou a atenção. Não muito longe dali alguma coisa acabara de
adentrar a atmosfera do planeta em uma velocidade incrível, e Mussum bem sabia
que aquilo estava começando a ficar estranho demais. Logo ele se levantou, e
com movimentos milimetricamente calculados de seu rabo, e com uma escolha
perfeita de tons, tentou avisar os outros do que acabara de ouvir, em uma – não
tanto – incrível harmonia em Lá menor.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Mussum, o que você tanto late? – indagou o Pirata.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Ele está tentando dizer algo sobre um elefante gigante
caindo do céu! - exclamou Drake<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- E o que um elefante estaria fazendo caindo do céu a esta
hora da noite? – perguntou Blacky<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Eu não saberia responder isto, mas acho que aquela luz no
horizonte não estava lá agora a pouco. – disse Ghostface com o dedo apontando a
janela ao fundo do galpão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Uma imensa luz branca cortava o horizonte em uma dança
bastante peculiar, como se estivesse procurando o melhor lugar para se atirar
contra o solo. A música de fundo, por sua vez, não era nem de longe algo
agradável para se ouvir em uma apresentação de dança, e como Mussum logo pôde
contatar, não era algo agradável de se ouvir nem no fim do Universo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Deve ser meu pessoal me procurando! – exclamou o Pirata –
Eu sabia que aqueles energúmenos não me deixariam na mão!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Não muito distante dali, um jovem parecia bastante
contrariado e confuso ao ver sua sombra aumentar de tamanho consideravelmente a
sua frente, quando deveria se recolher e pular para o outro lado, como de
costume quando atravessava mais um poste de luz. Logo ele percebeu que algo
estava errado e decidiu se virar para ver, mas era tarde demais. Uma grandiosa
luz desceu do céu em sua direção. Em meio a uma indecisão entre correr, ficar
parado ou gritar por socorro, a luz chegou ao seu encontro, e como em um passe
de mágica desapareceu instantaneamente. Em sua frente, algo pequeno e brilhante
parecia querer lhe chamar a atenção a todo o custo. Ele se aproximou e pode ver
uma pequena pedra semitransparente caída no chão, onde uma fraca luz ainda
pulsava no seu interior. Em um movimento não muito preciso, ele se abaixou e
pegou o pequeno cristal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Esta droga está me deixando maluco! – exclamou ele
enquanto arremessava para longe a garrafa de vodca que vinha carregando.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Blacky Awehttp://www.blogger.com/profile/11217236504689516569noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6515858768628072848.post-39223542973478234962014-08-10T14:14:00.000-07:002014-08-20T16:15:37.565-07:00Capítulo 2 - Episódio 1<div class="MsoNormal">
Uma fina chuva caía nesta fria noite de inverno, e as
pessoas já começavam a trancar suas portas e preparar-se para adentrar no mundo
dos sonhos. Pelas ruas não muito mais que alguns animais tentavam se proteger
da água gelada que caía do céu. Ao longe uma sombra brincava indo para frente e
para trás de um jovem rapaz enquanto ele passava entre os postes de luz. Em sua
mão direita uma pequena garrafa servia de palco para a dança, não muito
sincronizada, de um líquido semitransparente, o qual era levado a boca de tempos
em tempos pelo rapaz. Alguns veículos passavam naquela rua deserta, sem dar
muita importância para a sinalização de trânsito, ou mesmo para as poças de
água que se formavam próximas à calçada – o que parecia estar incomodando um
bocado o rapaz quando a água respingava seu nada seco sobretudo preto. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Segundo consta no livro “As verdades incontestáveis do
Universo” de Jeremiah Gostlorbisht - autor de clássicos da literatura de Andrômeda
7: “Coisas que você não deveria fazer em dias de chuva”, “Como se recuperar
após fazer coisas que não se deve em dias de chuva” e “As melhores vestimentas
para funerais em dias de chuva” – nada nesta vida acontece por acaso. Não muito
distante do planetoide onde nossos heróis parecem um tanto perdidos, duas naves
classe Jumbo parecem competir pelo título de “melhor arremesso de torpedo de
fótons da galáxia”. De um lado uma grandiosa K733 da tropa de Sirius parece uma
bailarina bêbada saltitando no meio do palco, enquanto do outro lado, uma Falcon
8 da tropa de Alderaan atira um torpedo de fótons atrás do outro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Devolvam o artefato! – berrou o comandante Alderaaniano no
intercomunicador – Ele é perigoso demais para ficar na mão de gente como vocês!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Sem resposta.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Estou avisando, nós temos munição para ficar aqui por
semanas! – disse o comandante quase espumando pela boca.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A nave de Sirius parecia se divertir agilmente por entre as
rajadas da investida inimiga. Em um movimento ousado, a nave Aderaaniana tentou
uma aproximação para tentar travar a mira de seus canhões, o que abriu uma
pequena brecha em sua defesa, o que a nave de Sirius não só percebeu, como não
deixou escapar a chance para contra-atacar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Uma rajada verde-azulada cortou o espaço, transformando em
pó tudo que via pela sua frente, até atingir a lateral da nave de Alderaan com
uma força tão grande que a mesma precisou de toda a potência de seus motores
para não ficar girando eternamente no mesmo lugar. Não satisfeita com um
pequeno rombo de cerca de 50 metros no casco da nave inimiga, em um giro
perfeito sobre o próprio eixo, a nave Falcon lançou sua própria investida de
torpedos contra a K733. A batalha parecia ter sido decidida naquele momento,
porém antes que a Falcon pudesse ter qualquer reação, uma rajada incrivelmente
grande de qualquer coisa que um habitante de Sirius algum dia já viu atingiu em
cheio a nave Falcon. Em menos de cinco segundos não havia mais do que algumas
partículas de poeira cósmica onde antes estava a nave de Sirius. Na nave
Alderaaniana o comandante comemorava com uma modesta garrafa de cerveja:<br />
- Se nós não podemos ter o artefato ninguém mais poderá! – disse ele tomando um
generoso gole de uma cerveja azul – Nada sobrevive ao disparo de “propaganda”!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Nos primórdios da galáxia, quando poucas eram as nações que possuíam
tecnologia suficiente para viajar pelo espaço, um povo dotado de grandes
poderes dominava o universo. Eram conhecidos apenas como os Luah, sempre referenciado
como os enviados de deus. Seu poder era feito da mais pura e brilhante luz e
muitos atribuem à estas criaturas a existência das estrelas como obra de sua
grandeza. Bastante preocupados com o equilíbrio de poder no universo, estas
criaturas decidiram guardar parte desta sua luz em um artefato e escondê-lo
para que jamais alguém pudesse ter acesso à tamanho poder. Então foi criado o cristal conhecido por Alma do Universo, um pingente em forma de cristal de luz, o qual foi enviado
ao mais longínquo canto do Universo para que ficasse a salvo de pessoas com
intenções das mais diversas.<br />
Com o tempo isto se tornou apenas uma lenda, e estas criaturas nunca mais foram
vistas, se tornando assim apenas uma historia contada para as crianças na hora
de dormir. O artefato nunca mais foi visto, até que à cerca de 300 mil anos,
uma criatura dotada da mais profunda escuridão o encontrou e o utilizou para
criar uma estrela, a qual foi nomeada de “Zion”.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Blacky Awehttp://www.blogger.com/profile/11217236504689516569noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6515858768628072848.post-4428800798239388492013-07-23T18:20:00.002-07:002013-07-23T18:20:28.151-07:00Episódio 5 - Final do Capítulo 1<div class="MsoNormal">
Nosso aventureiro perdido na terra parecia muito feliz nesta
fria noite de inverno. Ao seu lado, Mussum parecia muito satisfeito roendo um
generoso osso de algum animal voador de porte pequeno. O espaço ao redor dos
dois estava repleto de pequenos ossos, mas ambos não pareciam se importar muito
com isto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Engraçado como os habitantes deste lugar cultivam este
animal, Mussum! – disse ele, levantando a cabeça para conversar com seu
cachorro – Eles alimentam este bicho durante todo o dia, em praças e locais
assim, atirando comida no chão. Só não entendo porque ficaram bravos quando
aproveitei para capturar estes aqui!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O cachorro olhava fixamente para seu dono, com uma expressão
de que acompanhava cada palavra do que lhe era dito. Qualquer um que estivesse
assistindo naquele momento juraria que a reação do cachorro foi totalmente
racional com a conversa, reação esta compartilhada por nosso aventureiro quando
o cachorro soltou um grunhido em sua direção.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Eu não havia pensado nisto, Mussum... – disse ele coçando
a cabeça – Vai ver era a janta deles mesmo...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Neste momento um enorme estrondo fez com que tanto Mussum
quanto seu dono dessem um salto de seus lugares. Uma luz bastante estranha
parecia estar se perdendo na janela ao fundo do pequeno galpão. O cachorro
estava agora em pé com as orelhas voltadas na direção da porta, pronto para
atacar qualquer coisa que ultrapassasse o limite de seu território.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Vamos ver o que está acontecendo, Mussum! – disse ele
correndo na direção da porta.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Chegando na rua, pode ver, a cerca de 10 metros do galpão,
duas naves espatifadas dentro de um enorme buraco. As naves ainda pegavam fogo
quando o viajante percebeu a imagem de três criaturas saindo das naves. Muito
apreensivo – e já contando com uma provável carona – ele começa a se aproximar
lentamente das naves. Reação esta nem um pouco aprovada por seu cachorro, que
permanecia junto à porta, muito apreensivo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Olá, viajantes! – disse ele – O que traz vocês à este buraco
de planeta?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Os três viajantes não pareciam estar prestando atenção no
discurso de nosso amigo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Eu te falei para deixar a nave dele se espatifar sozinha,
agora como vamos arrumar uma outra nave neste planeta? – exclamou o Pirata.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Eu lá vou saber, talvez dê para fazer uma nave dos
destroços destas duas! – respondeu Blacky.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Do que vocês estão falando? – exclamou um Drake um tanto
tonto ainda pelo impacto da queda – E afinal, quem são vocês?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Como assim, nos somos os pi... – iniciou Blacky, mas logo
foi interrompido por Pirata<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Somos dois amigos que vimos sua nave caindo e decidimos
ajudar! – disse ele com um sorriso no rosto<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Nave? – disse Drake – O que é uma nave?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Acho que o cérebro dele virou patê nesta queda... – disse Blacky
– menos mal, ao menos ele não quer mais nos matar!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Logo estavam chegando próximos ao viajante perdido na terra,
que, quando conseguiu distinguir os rostos de nossos três desafortunados, não
teve uma reação muito esperada por eles.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Blacky Awe de Zion, seu miserável! – exclamou ele – Eu vou
acabar com a tua raça, seu salafrário de uma figa!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Ghostface, o que você faz num lugar destes? – perguntou Blacky,
logo identificando o quarto elemento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Como assim, cara? – exclamou ele – Você me convenceu de
assustar os habitantes deste planeta, e, enquanto eu estava lá, pulando feito
um idiota com um monte de luzinhas imbecis penduradas, você pegou a porcaria da
sua nave e foi embora!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Blacky parecia muito pensativo naquele momento. O Pirata e
Drake assistiam aquilo sem entender muito o que estava acontecendo, mas acharam
melhor não se meter na discussão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Eu lembro de ter tomado umas cervejas com você, então
compramos aqueles comprimidos estranhos do carinha verde e depois eu não lembro
de muita coisa... – disse Blacky muito confuso.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Isto não é desculpa que se apresente! – exclamou Ghostface
– E quem são este dois com você, são capangas de Zion?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Meu nome é... – começou Drake – Meu nome... Qual era o meu
nome mesmo?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Bem, o nome dele, pelo que sabemos, é Drake... – começou Blacky,
jah sendo interrompido novamente pelo Pirata<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Drake, O pirata espacial! – disse o Pirata – e junto
comigo somos os maiores empilhadores de toda a galáxia!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Pirata espacial... – disse Drake – O nome eu gosto, mas
não sei se quero continuar sendo um pirata espacial... Isto não me parece muito
certo...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Bem, de qualquer forma vocês vão me tirar deste planeta! –
disse Ghostface – Então entrem no meu galpão antes que apareça algum animal
selvagem e ataque vocês.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Os três seguiram Ghostface na direção do galpão, mas pararam
alguns metros antes da porta com a imagem do cachorro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- A propósito, este é o Mussum – disse Ghostface – Eles chamam
isto de cachorro, e ele parece gostar muito de mim!<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Ghostface fez um sinal para Mussum que logo voltou para seu
lugar próximo a fogueira para proteger sua pilha de ossos. Os quatro viajantes,
agora presos na terra, sentaram ao redor da fogueira e começaram uma longa
conversa sobre como sair daquele lugar.<o:p></o:p></div>
Blacky Awehttp://www.blogger.com/profile/11217236504689516569noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6515858768628072848.post-54241106256342101762013-07-22T20:17:00.002-07:002013-07-22T20:34:49.187-07:00Episodio 4<div class="MsoNormal">
Amanhecia mais um dia na área 51 do nada pacato planeta
Zion, e, como já era de se esperar de um planeta com clima controlado, a
estrela Zion brilhava forte no céu azulado. Blacky, como de costume, precisava
viajar para visitar alguns fornecedores de Fireburn pela galáxia. A bordo de
sua pequena nave classe Eagle de viagens interplanetárias, abria mais uma
cerveja enquanto terminava de revisar o plano de voo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Ainda preciso descobrir o que significa o raio desta
luzinha vermelha que está piscando desde minha última viagem... – disse ele
olhando fixamente para o painel.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Terminado os últimos ajustes, a pequena nave levanta voo
rumo a principal rota comercial da galáxia, onde levaria o ex-príncipe zioniano
para os quatro cantos da galáxia para convencer os fornecedores que sua cerveja
era mais gelada que a do vizinho.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Quatro crivos de distância e eu não tenho tempo nem para
tirar uma soneca... - disse ele muito
entediado, e ligando a pequena Tri-D no painel – Esta novela idiota, não
entendo como podem fazer 12 anos que lidera a audiência deste horário...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Na tela, a imagem de um rapaz deitado em uma maca sendo
levado as pressas para o setor cirúrgico de um hospital qualquer aparecia um
pouco distorcida. Uma moça com longos cabelos negros e cacheados chorava
incessantemente enquanto era segurada por outras duas moças, que presumia
Blacky, deveriam ser parentes suas. Logo o rapaz já estava sendo operado por
uma série de bots cirúrgicos que costuravam seu abdômen que parecia ter sido
perfurado por uma lâmina nem um pouco amigável. Em meio a este pequeno momento
de distração, e a pouco menos de um crivo e meio da rota comercial, um grande
estrondo ecoou pela pequena ponte de comando da nave de Blacky. Algumas luzes
começaram a piscar indicando que a nave havia sido pega por algum raio trator
sem aviso prévio.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Mas o que diabos esta acontecendo? – exclamou Blacky<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Nada demais, pequeno zioniano! – disse uma voz que vinha
do painel, o qual exibia a imagem de um rapaz vestindo uma capa preta – Eu sou
O Pirata, o mais temido de todos os piratas espaciais, e estou pegando sua nave
para mim, e consequentemente, lhe raptando, mas não leve pelo lado pessoal, eu
queria só a nave mesmo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Me raptando? – disse Blacky muito surpreso<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Não sei em qual parte não fui bem claro, meu amigo, mas
sim, é isto mesmo que estou fazendo – disse o Pirata.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Mas você não tem permissão para me raptar! – disse Blacky
um tanto indignado – Eu sou...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Quem você é não me interessa, afinal, quando eu rapto as
pessoas, eu não costumo ter permissão para isto! – disse o Pirata – Agora se me
dá licença, El Bandidon deve aparecer para terminar o serviço em Juan Gabriel a
qualquer instante!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Dito isto, a imagem do pirata desapareceu da tela, e Blacky
pode perceber que já havia sido carregado totalmente para a imensa nave pirata.
Logo o compartimento de carga havia sido pressurizado e uma dezena de bots,
fortemente armados, esperavam pela saída de Blacky de dentro de sua nave. Blacky,
por sua vez, muito contrariado, desceu da nave e foi guiado pelos bots até a
ponte de comando da nave, onde o Pirata o esperava com um sorriso um tanto
misterioso no rosto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Você me parece um pouco tenso, zioniano, nunca foi roubado
antes? – perguntou o pirata tragando calmamente seu charuto – Mas eu tenho boas
notícias para você, eu posso te dar emprego em minha nave, ou você pode descer
aqui mesmo, no meio do espaço, o que prefere?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Bem, levando por este ponto – disse Blacky coçando sua
barba que teimava em crescer mais de um lado do que do outro de seu rosto – eu
acho que preciso pensar um pouco...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Terminado de dizer isto, um novo estrondo foi ouvido e um
forte tremor foi sentido por todos na ponte de comando.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Fomos atingidos por alguma coisa que não sei lhe informar
o que, senhor! – exclamou um dos tripulantes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Então trate de revidar logo, seu imbecil! – gritou o
pirata muito bravo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Eu não faria isto! – disse uma terceira voz que vinha do
painel da nave pirata – O próximo disparo será fatal!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- E quem você pensa que é para dar ordens ao grande Pirata? –
disse o pirata muito bravo – Ninguém me dá ordens!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Sou o sargento Drake, do terceiro batalhão de patrulha de
Alderaan, e gostaria de te informar que estou levando você e todos seus
tripulantes sob custódia para julgamento da acusação de pirataria espacial!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Então primeiro você precisa me capturar! – disse o Pirata
sentando em sua poltrona e assumindo os controles da nave.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Blacky, muito confuso, apenas correu para um canto e se
segurou firmemente em um trecho do painel de comando. A grande nave, que
viajava parelha da nave Alderaani, em um giro de 90º acionou seus propulsores
de forma que o campo de mira da nave Alderaani não pudesse lhe atingir
diretamente. Sem perder tempo, a nave de Drake fez o mesmo movimento e começou
a manobrar para travar a mira na nave pirata, a qual, percebendo que estava
sendo perseguida de perto, começou algumas manobras evasivas, as quais não
surtiram o efeito esperado, pois uma série de disparos atingiram em cheio a
nave fazendo o cérebro de todos sacudir tão violentamente que seus rins já
estavam prestes a dançar tango sob ordens cerebrais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Sintam o poder bélico Alderaani, seus ratos! – disse Drake
muito feliz por ter acertado a nave inimiga tão efetivamente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Para a surpresa do sargento, a nave, em um outro giro,
acionou novamente seus propulsores e aumentou consideravelmente sua velocidade.
A nave Alderaani começou a segui-la, atingindo-a constantemente com disparos
quase aleatórios. Em pouco tempo as duas naves dividiam espaço no hiperespaço,
seguindo tão juntas que uma simples redução de velocidade da nave pirata faria
com que ambas as naves se transformassem em um grande e nada delicioso pastel
de ferraria espacial.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Para onde estamos indo? – exclamou Blacky dentro da ponte
de comando da nave pirata.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Não tenho ideia, cara! – disse o Pirata – Mas sei que
aquele rato não vai me pegar assim tão facilmente!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Naquele instante os comandos da nave pirata começaram a
pifar sistematicamente, fazendo com que a nave, lentamente começasse a sair do
hiperespaço. Devido aos escudos defletores da nave pirata, a nave alderaani
havia sofrido uma série de avarias, das quais três ou quatro pareciam bastante
preocupantes. Em poucos instantes as naves estava paradas, frente a frente, ameaçadoramente
sob a mira uma da outra.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Você não vai me levar a lugar algum! – exclamou o pirata
para o comunicador.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Você tem razão, pirata! – disse o sargento – No estado que
nossas naves se encontram, o melhor que tenho a fazer é destruir sua nave e
usar o entulho para consertar a minha!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Então vamos ver qual escudo aguenta por mais tempo! –
exclamou o Pirata.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Sob os constantes protestos de Blacky, o pirata acionou os
canhões de fótons de sua nave que começaram a tentar furar o bloqueio
adversário. Sem ficar para trás, a nave alderaani disparou uma rajada de
qualquer coisa vermelha e muito ameaçadora na direção da nave pirata, que
resistia bravamente às investidas do sargento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Em alguns instantes ambas naves estava sob bombardeio direto
da nave inimiga, e ambas estavam a ponto de explodir.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Precisamos dar o fora daqui! – exclamou Blacky – Se esta
droga explodir nós vamos morrer!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Então vamos pegar sua nave e dar o fora! – disse o Pirata –
Você sabe pilotar aquela coisa melhor que eu, então vai me dar uma carona!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Os dois correram até o setor de carga onde a pequena nave
eagle repousava calmamente. Ambos entraram na nave que, logo começava a
manobrar para fora da grande e destroçada nave pirata. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Vamos para onde, zioniano? – perguntou o pirata – Tens ideia
de onde estamos?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Aqui parece ser o setor quase deserto conhecido como
via-lactea, mas não tenho muita certeza disto! – respondeu Blacky – Vou até
este planeta habitado, que parece ser o único desta região, para ver se
conseguimos uma nave para você!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Neste momento o sensor de proximidade acusa outra pequena
nave se aproximando e atirando incessantemente na direção da pequena nave eagle.
Blacky, por sua vez, desviava facilmente por entre as rajadas de tiros.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Entreguem-se, piratas! – disse o sargento pelo
comunicador.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
As duas pequenas naves rumavam para o pequeno planeta
azulado que, segundo indicações cartográficas, parecia ser habitado. Blacky
desviava das investidas do sargento com uma habilidade notória, revidando
alguns tiros de vez em quando. Logo as duas naves estavam próximas o bastante
da órbita do planeta para ligar os motores atmosféricos. É quando em uma
manobra mal sucedida da pequena nave Alderaani, Blacky acerta uma rajada de
fótons bem no centro dos propulsores primários. A pequena nave, devido o
disparo, rumou em disparada em direção à atmosfera do planeta, seguida de perto
pela pequena nave de Blacky. A nave descia em parafuso e, ao que tudo indicava,
faria um belo e grandioso buraco ao atingir o solo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- O que você pensa que está fazendo? – disse o pirata vendo
que Blacky tentava alinhar sua nave no trajeto da nave adversária.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Estou impedindo que este sargento vire geleia enlatada! –
respondeu ele.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Logo um poderoso raio trator fez com que ambas as naves
colassem uma na outra, e, com grande esforço dos motores atmosféricos da
pequena nave zioniana, iniciassem um pouso um pouco mais tranquilo do que o
esperado, porém muito mais conturbado do que o desejado.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Blacky Awehttp://www.blogger.com/profile/11217236504689516569noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6515858768628072848.post-34495473322512221402013-07-22T20:16:00.002-07:002013-07-22T20:34:37.901-07:00Episodio 3<div class="MsoNormal">
Era uma tarde bastante comum para o cargueiro Voxis-4, de
Sirius-3, onde seu capitão, como de costume assistia a mais um capítulo de sua
novela favorita.<br />
- É hoje que Juan Gabriel vai pedir Rosamaria em casamento! – Exclamou o
capitão acariciando suas longas barbas grisalhas – Só espero que aquele maldito
do Valdez Sanches não chegue a tempo para atrapalhar tudo!<br />
- Agora que ele fugiu da cadeia precisa fazer jus de sua alcunha de El
Bandidon! – disse um funcionário que passava por ali<br />
- Não diga bobagens, criado! Ele já enfiou o sarrafo na pobre da Conchita
semana passada! – disse o capitão um tanto irritado – Não vejo o que mais de
ruim ele tem por fazer!<br />
Naquele momento uma grande nave negra aparece nos visores da ponte de comando,
se aproximando rapidamente com todo o tipo de protuberâncias e outras
excentricidades típicas dos piratas espaciais. O alarme começa a soar no
cargueiro Voxis-4, alarmando todos para o perigo iminente.<br />
- Justo na hora que o Don Juan chegou à casa da Rosamaria! – exclamou o capitão
quando a tela da Tri-D se desligou em virtude do alarme.<br />
O capitão se levantou e foi até a ponte de comando rapidamente, tempo
suficiente para conseguir enxergar no painel principal a imagem de um sujeito
vestindo roupas pretas e uma barba bastante mal cuidada aparecer na tela.<br />
- Saudações, tripulantes da Voxis-4! – disse ele com um sorriso no rosto – Eu
sou O Pirata, um cara bastante malvado, e sei que vocês estão transportando um
carregamento bastante generoso e valioso de materiais tecnológicos de Sirius!<br />
- Liguem os motores para darmos o fora daqui! – exclamou o capitão para sua
tripulação.<br />
- Vocês podem até tentar sair, mas o raio trator já está segurando sua nave
junto à minha, o que apenas faria com que começássemos uma ação conflitante e
violenta a qual não estou com vontade que aconteça! – disse o Pirata no telão –
Agora sejam bonzinhos e empilhem tudo na baia de descarga número 6 para que
meus companheiros possam coletar tudo rapidinho e sem muito esforço.<br />
- E se não quisermos nos render tão facilmente? – indagou o capitão.<br />
- Legal! – exclamou o Pirata – El Bandidon enfiou uma faca na barriga do panaca
do Juan Gabriel! – e voltando os olhos para o comunicador – O que você dizia
mesmo?<br />
- Você não pode estar falando sério! – disse o capitão muito irritado – Juan
Gabriel passou por poucas e boas para pedir a Rosamaria em casamento e o Valdez
Sanches não têm o direito de fazer isto com ele!<br />
- El Bandidon é o personagem mais legal desta novela, ele deveria acabar com a
vida do Juan Gabriel e dar um trato na Rosamaria, assim como ele fez com a
Conchita!<br />
- El Bandidon é um imbecil e merece a morte! – exclamou o capitão<br />
O capitão e o Pirata se encaravam diretamente e a raiva entre eles era visível
para todos que os assistiam. Em poucos segundos a Voxis-4 havia se transformado
em nada muito maior que pequenos destroços vagando no espaço, e o Pirata, com
um sorriso de satisfação no rosto, abria mais uma cerveja para terminar de
assistir sua novela.<br />
- Porque você fez isto, capitão? – perguntou um tripulante – Agora vamos ter
que viajar por 14 crivos para alcançar o próximo cargueiro!<br />
- Ninguém tem o direito de olhar na minha cara e dizer que El Bandidon é um
imbecil! – disse o Pirata acendendo um charuto e se encostando confortavelmente
em sua poltrona – Ninguém.<o:p></o:p></div>
Blacky Awehttp://www.blogger.com/profile/11217236504689516569noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6515858768628072848.post-51330213758399607142013-07-15T19:38:00.004-07:002013-07-22T20:34:09.831-07:00Episodio 2<div class="MsoNormal">
Era um entardecer úmido e bastante frio naquele planetoide
perdido em meio a um setor quase esquecido em um canto obscuro da galáxia. Em
meio a multidão que ocupa as ruas naquela pequena capital do estado mais ao sul
do Brasil, uma sombra praticamente imperceptível parece se esgueirar por entre
o povo, procurando algo que pudesse lhe servir de alguma forma.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- “Relógio digital, celular, carteira com papel colorido
dentro...” – pensava ele – Qual a dificuldade deste povo em carregar algum
transportador extraorbital em seus bolsos?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
E mais um dia parecia estar acabando naquela pequena cidade
daquele distante e tão insignificante planeta perdido no meio de lugar nenhum.
Aquele estranho visitante que antes desaparecia no meio da multidão, agora
apenas descansava seu corpo em um galpão abandonado não muito longe.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Então, Mussum, hoje temos este negócio estranho e amarelo
que chamam de macarrão para o jantar! – disse ele para um pequeno cachorro
preto e muito mal cuidado que estava deitado próximo à pequena fogueira no meio
do galpão – Prometo que amanhã eu trago algum pedaço de animal morto para
comermos, não aguento mais comer este negócio!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Dizendo isto ele atira o macarrão dentro de uma panela com
água pendurada logo acima da fogueira.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Era um dia bastante frio naquele lugar, e mesmo um viajante
interplanetário precisava de um pouco de fogo para se aquecer. Logo o macarrão
estava totalmente consumido pelo sujeito e seu cachorro, que agora dormia
enrolado encima da barriga de seu dono. Logo mais um dia começaria para sua
missão de dar o fora daquele lugar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O que ele não sabia, é que o planeta em que estava,
conhecido por seus habitantes apenas como “Terra”, ficava perdido no meio de
centenas de outras estrelas que, por uma incrível peça do destino, nunca
desenvolveram qualquer forma de vida. Esporadicamente algum aventureiro,
normalmente movido pelo grande consumo de álcool, aparece para algum habitante
da terra, faz alguns barulhos estranhos, pisca algumas luzes, ou mesmo coloca
fogo em algum arbusto e se passa por algum ser extraordinário. E com nosso
sujeito perdido não foi diferente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Pois é, Mussum, e pensar que tudo isto é culpa daquela
cerveja maravilhosa... – disse ele tomando um gole de uma cachaça qualquer – E
não adianta ficar resmungando que eu não vou mudar de ideia! Aquele garoto
disse que o planeta dele era produtor de Fireburns e que o estoque de seu pai nunca
terminava. Ele só esqueceu-se de dizer que iria me deixar neste planeta onde
paramos para assustar alguns nativos...<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
O cachorro parecia entender tudo que o rapaz dizia,
inclusive emitindo alguns ruídos de tempos em tempos, que por qualquer um que
pudesse estar presenciando a cena, poderia jurar que eram respostas para o que
lhe era dito. Logo o cachorro e seu dono adormeceram ao lado da fogueira como
de costume.<o:p></o:p></div>
Blacky Awehttp://www.blogger.com/profile/11217236504689516569noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6515858768628072848.post-5811575093101518602013-07-15T19:38:00.002-07:002013-07-22T20:33:45.437-07:00Episodio 1<div class="MsoNormal">
Esta história começa de uma forma bastante peculiar, mas um
tanto comum em se tratando do que irá decorrer no resto da história.
Diferentemente do que se espera esta história não terá um “Era uma vez” ou algo
do tipo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Esta história começa em um bar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mais especificamente em um bar situado à área 51 do quarto
planeta do sistema Zion, sito à quatro crivos da principal rota comercial desta
galáxia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Era um bar um tanto diferente do comum. E não era pelo fato
de terem muitas mesas de bilhar cósmico espalhadas pelo bar, ou de suas mesas
serem redondas, normalmente com quatro cadeiras ao seu redor. Isto é muito
comum em bares por toda a galáxia. O que diferencia este bar de tantos outros é
o simples fato de seu dono ser o ex-imperador zioniano, Grey Awe.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Em um canto nada obscuro um jovem de longos cabelos negros
parecia perdido em meio a dúzias de garrafas de Fireburn vazias, enquanto em uma
manobra mal sucedida de seu braço esquerdo, o qual visava levar sua mão até o
copo que estava encima da mesa, caia e se enterrava mais ainda no meio das
garrafas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Blacky, meu filho! – exclamou o sr. Grey – Você precisa ao
menos deixar que os bots levem as garrafas vazias!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Eu gosto de todas elas, pai! – disse o bebum – E elas
parecem gostar bastante de mim, também.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Após algum tempo de tentativas fracassadas do braço
esquerdo, a mão direita, já irritada com tamanha demora, tomou a linha de
frente e agarrou o copo cheio de cerveja e o levou em zigue-zague até a boca
para um generoso gole ser absorvido de dentro do copo. O líquido desceu pela
garganta e, ao chegar no final de sua não tão longa jornada ao estômago, pôde
ver claramente aquilo que parecia ser um exército de amendoins marchando em
direção contrária a seu fluxo comum. Naquele dia os bots não tiveram muita
folga ao limpa o chão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Um fato interessante sobre as cervejas Fireburn é que são as
primeiras e únicas cervejas do tipo “Burn” de toda a galáxia, que em contraste
com seu nome, possuem a incrível característica de se manterem geladas por dias
sem o uso de refrigeradores.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Esta impactante cerveja está registrada no Centro Galáctico
de Marcas e Patentes em nome de Grey Awe, ex-imperador de Zion, o qual
renunciou ao cargo para dedicar-se ao seu famoso bar “Boteco’s Bar” e a seu
filho Blacky Awe, o jovem beberrão que à tempos largou sua carreira para
dedicar-se à incrível missão de transportar o maior volume de cerveja
devidamente processada do copo até o mictório.<o:p></o:p></div>
Blacky Awehttp://www.blogger.com/profile/11217236504689516569noreply@blogger.com0